Partilha de ideias inspirada no capítulo sobre a Coragem do livro “Rumo à Vitória”, de Delia Guzmán – haverá direito a café e castanhas!
Fomos em busca das origens da palavra coragem. Verificamos que este termo, utilizado em várias línguas com ortografia e pronúncia semelhantes, vem do latim: cor, cordis, “coração”, e agere, infinitivo de ago, agis, “obrar”.
Em síntese: coragere é OBRAR COM O CORAÇÃO. É uma raiz que nos une à Concórdia (coração com coração), porque o Coração que nos faz agir com Coragem não é o das emoções grosseiras e passageiras, mas o grande CORAÇÃO, aquele que pode vibrar juntamente com a harmonia do universo, aquele que sabe colocar-se junto de outros corações. A nossa velha e querida CONCÓRDIA anda, portanto, de mãos dadas com a VALENTIA e torna-se CORAGEM.
A partir disto, poderíamos deduzir que a alma tem uma parte de razão inteligente e outra parte de desejos sujeitos aos instintos.
No meio há um elemento variável: se está inclinado para as paixões, é a cólera; se, por outro lado, se eleva para a inteligência, torna-se coragem, bravura, a ação indispensável com o coração que distingue o ser humano.
A conquista de si próprio não requer cólera, mas sim coragem. Pelo primeiro caminho vamos para uma segura escravidão; pelo segundo, para a liberdade elaborada do Eu consciente. Mais uma vez, cabe-nos a nós escolher.
Este é o valor que mais nos interessa: aquele que ansioso de justiça e de saudável coragem, obedece à inteligência para contrabalançar os perigos interiores e exteriores. É uma combinação harmoniosa dos sentimentos mais nobres e dos conhecimentos mais de acordo com a sabedoria.
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O Café Filosófico é gratuito, podendo dar um contributo de 3 euros para o café, biscoitos e castanhas.